Olá leitores! Estava sumido, eu sei. Mas Samila, com a brilhante capacidade que ela tem, fez com que minha ausência nem fosse notada. A brilhante crônica abaixo nos prova isso! =]
Mas agora voltei viu?
Então, esses dias eu estava atrás de novidades na internet e achei o site dessa jovem escritora chamada Thalita Rebouças. Ela escreveu vários livros, com uma linguagem voltada para o público adolescente e tem uma coluna na revista 'Atrevida'. Não resisti e li várias crônicas dela! São bem legais e descontraídas.
Para mais informações sobre o trabalho desta jovem, bonita e inteligente mulher: www.thalita.com
Aqui vai uma crônica dela, intitulada 'Meu amor, meu Chico'
Outro dia fui a um evento num shopping lotado (e olha que eu odeio shoppings
lotados), só pra ver o Chico, que era convidado de um debate sobre o
maestro Tom Jobim. Já reparou que todo mundo que gosta do Chico chama ele assim? Chico, simplesmente Chico. Como mediadora, Scarlet Moon estava chata, metida e pouco preparada (por exemplo, perdeu preciosos minutos querendo saber sobre a depressão do Tom, deixando os entrevistados constrangidos. E tanta coisa para perguntar... curiosidades, gafes, episódios emocionantes, engraçados, como compuseram algumas obras-primas, e por aí vai).
Bom, no fim do evento, que contava ainda com Edu Lobo, Francis Hime e Paulinho Jobim, o gênio se jogou no meio da galera, tirou foto, distribuiu beijos e sorrisos e ganhou ainda mais espaço no meu coração, desde sempre derretido pelos olhos de esmeralda mais lindos do mundo.
Scarlet, por sua vez, ouviu os berros de uma fã nada inibida: "Dona Iscarlééétiiii! Ô, dona Iscarléti, olha eu aqui! Cutuca o Chico, pede aê pra ele me dar um autógrafo." Pouco depois, sem autógrafo nenhum nas mãos, a fã não se fez de rogada e voltou a chamar a atenção de todos em alto e bom tom. "Dona Iscarlétiiii, pô, dona Iscarletiiii! Sacanagem!!! A senhora vacilou comigo, hein? Poxa, num custava nada... Fala sééééério, dona Iscarléti, era só um favorzinho, pô... Agora ele foi embora. Como é que eu faço pra ver o Chico de novo, dona Iscarléti? Pode me dizer? O homi quase não dá show!" Hilário.
Um dia, quando eu tinha uns 15, 16 anos, me deu a louca e, sem nunca ter prestado lá muita atenção nas músicas do Chico — a não ser quando meu pai começava a cantarolar desafinado para acompanhar o que saía do toca-fitas de seu carro —, parti rumo às Lojas Americanas sedenta de Hollanda. Era um desejo incontrolável de ouvir Passaredo, uma das músicas do Sítio do Pica-Pau Amarelo (do meu tempo). O desejo incluía ainda João e Maria, uma pérola que aprendi a gostar quando ainda era um toco de gente.
Estava disposta a entender o que as pessoas tanto viam naquele coroa bonitão, que faz sucesso desde pirralho. Acabei comprando três CDs! Três!!! Caí de quatro. Apaixonadérrima. Que homem é esse, mermão!?, pensei depois de ouvir um disco inteiro. Vi o meu queixo cair mais a cada música, a cada descoberta. Babei com Construção, me deliciei com Minha História, devorei O Meu Amor e chorei com Valsinha.
Um amigo meu, também viciadérrimo em Chico, diz que quem não gosta das músicas dele é burro. E tá muito certo, porque acho que fui uma anta durante todo o tempo em que não ouvi Chico direito.
Lá na exposição, me chamou a atenção um grupo de adolescentes, loucas por um autógrafo dele. Saí de lá feliz da vida. Toda boba, por ver a cena que aconteceu comigo há dez anos se repetir: meninas de 15, 16 anos descobrindo como é maravilhoso amar, decifrar, devorar Chico Buarque.
1 comentário(s):
tava lendo aqui as cronicas da Samila... mas ela sabe mais q ngm qm eh a mais apaixonada pelo Chico nesse mundo!!! Entao n pude deixar de dar uma espiada nessa cronica fantastica!!!
essa moça tem bom gosto!!!!
Lívia Marinho ;)
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